sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O BELO E O ÚTIL...

"De nada vale ser belo se não se é útil".

De quem era esse poema que todos nós conhecemos e fomos obrigados a decorar nos jograis de escola?
Do Olavo Bilac talvez?
Não importa... O que importa é aquilo que queriam nos inculcar já naquela época pós-fraldas: a produtividade obrigatória de todo ser vivente.
Produza, trabalhe, seja útil.

Muito já se escreveu sobre o Belo e o Útil, ou melhor sobre o Belo ser Inútil.

"A experiência da beleza frequentemente nos predispõe à felicidade."

Willard Spiegelman - Sete prazeres

Essa afirmação é por demais transgressora prá você?
A beleza é transgressora, não é?
Ela cria confusões demais, ela atordoa, ela tira o sujeito da tão esperada produtividade.
É difícil contemplar a beleza ao mesmo tempo que se produz algo, não é?

Você tem que PARAR TUDO prá contemplar o Belo.

Nos primeiros anos da república, John Adams escreveu de forma comovente para a mulher:

"Preciso estudar política e guerra para que meus filhos tenham a liberdade de estudar matemática e filosofia. Meus filhos devem estudar matemática e filosofia, geografia, história Natural, arquitetura naval, navegação, comércio e agricultura, para dar o direito aos filhos deles de estudarem pintura, poesia, música, arquitetura, escultura, tapeçaria e porcelana."


Willard Spiegelman em Sete prazeres

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